domingo, 10 de junho de 2007

1 mês e meio sem voar


2 dias de voos com um tempo espectacular....muito calor, muitos cumulus, vento muito fraco e térmicas a 1000 metros AGL (+/- 3000 ft) com 4 a 5 m/s

As 0900h no aeródromo para começar a preparar as coisas! Purgar "a" Rallye e "a" Dimona, verificar óleos, estado dos pneus, superfícies de controlo, tomadas estáticas, tubo pitot, combustivel, fuselagem....
"Na" Twin Astir.....tirar coberturas da canopy, remover protecções das tomadas estáticas e tubo pitot (são tapadas com fita-cola), verificar pressão dos pneus, comandos de voo, instrumentos, ligar a bateria, testar rádio e variómetro eléctrico, verificar pára-quedas e colocá-los no cockpit, ver estado do cabo de reboque e colocá-lo dentro do cockpit, verificar as 4 fixações das asas, limpar canopies......Let's kick the tires and light the fires!
Estamos prontos para voar...vou em primeiro......checklist, all set, ready for departure!
tudo nos "verdes" (não temos motor:D )....reboque corre bem, largo o cabo um pouco abaixo do rebocador o que me valeu umas bocas do "preto" que vai atrás....a falta de atenção é o que dá.
Faço umas voltas coordenadas a manter velocidade (nunca é demais treinar), apanhamos umas térmicas e entretanto o instructor tem uma surpresa para mim.....mostrou-me como se fazem as perdas! Depois foi a minha vez de experimentar as perdas, não tem muito que saber...é "só" manter o planador com as asas niveladas e trabalhar com os rudder.
Mas não fica só por aqui......ainda há mais surpresas..hehe..qual não é o meu espanto quando ele me diz: "C., vais sentir o que é a Vrille".
Escuzado será dizer que fiquei com um sorriso de ponta a ponta da cara e é porque não dava para o sorriso ser maior.
Lá entramos em Vrille.......a partir do momento que começamos a picar foi tudo muito rápido...nem me apercebi bem do que tinha de fazer com o manche nem com os pés, apesar de teóricamente ter bem presente como se faz: Meter o planador quase em Stall, pranchar para o lado que ser quer fazer a Vrille....meter pé contrário. Para recuperar é manter manche centrado e pé contrário ao lado da volta e nivelar gradualmente.
Ao sair da Vrille sinto os G's a entrarem, apesar de ter sido suave, não deve ter passado dos 1.8 G's de qualquer das formas deu para ter um pequenina ideia do que é.
Osório: "Percebeste a Vrille C.?"
Eu: "euuuhh...Não" (com um grande sorriso na cara e sem mais nada para dizer.....simplesmente lindo).

A seguir pego nos comandos dou uma volta e diz o instructor:
"Corredeira, a seguir vamos fazer um Looping"
hehe...eu cá para mim: "BRUTAL!"...no entanto só disse: "Ok" - sempre com aquele sorriso na cara.

180Km/h...e ai vamos nós...vertical...À saída sinto os G's e a cara a "descer", se bem que ele tenha feito a saída suave como na Vrille e mais uma vez não devemos ter passado os 1.8 G's, pois o G-meter quase nem saiu do sitio.

com isto chegamos aos 400 metros...."C., abaixo dos 400 metros não quero estas manobras".
Tomo os comandos, faço umas voltas e é altura de regressar à pista. Procedimentos para aterragem correm bem a final é que é sempre a mesma coisa, o que vale é que o "preto" está lá atrás para ajudar.

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