domingo, 16 de agosto de 2009

Thunderstorm

O fim-de-semana rendeu! 1 voo no lugar de trás do Blanik logo pela manhã, cerca das 11h, onde já se faziam sentir as primeiras térmicas a antever o magnífico dia que íamos ter. Ao longe já tinhamos CB's bem definidos mas era ao longo da linha do Douro e como as previsões apontavam para que o vento se mantivesse de Oeste não havia grande preocupação.
De tarde, faço um baptismo no Blanik. Após sairmos tive de largar cabo aos 400 metros devido ao sobre-aquecimento do motor do Rallye. A sorte é que engatei logo uma térmica forte a dar entre 4 a 5 metros por segundo. Foi num instante que subi até à minha altitude record.....2832 metros QFE (3531 metros QNH). Efectuei a transição para voo nivelado, meti 110 Km/h em direcção à Serra de Bornes,momentos depois como estava a dar térmica por todo o lado aumentei a velocidade para 120 Km/h. Entretanto as condições meteorológicas deterioram-se numa questão de minutos começa a chover na vila de Mogadouro e pouco depois no aeródromo.
Estou à vertical da aldeia de Lagoa a 2500 metros QFE e rumo para sul, aumentando a velocidade para 180 Km/h. Entretanto apanho chuva torrencial e o meu grande receio era apanhar granizo que pudesse quebrar o plexiglass. Opto por reduzir a velocidade para 100 Km/h mantendo o rumo. Após passar a "sopa" apanho ascendentes de 8 m/s; e aqui começo a pensar que estou a ser "aspirado" para dentro da nuvem (durante a manhã tinhamos discutido os procedimentos sobre como sair de uma situação de entrada inadvertida numa nuvem); aumento a velocidade para 200 Km/h e continuo a subir a 5m/s no entanto consigo sair dessa zona e aproveito um local que se encontra coberto mas sem precipitação e mantenho a posição fazendo círculos na zona, sempre com o aeródromo à vista e a tirar referências caso a visibilidade no aeródromo se torne muito reduzida. Era o único no ar e levava um passageiro que nunca tinha voado na vida mas que estava a adorar. Entretanto sou chamado no rádio para descer mas como está a chover intensamente no aeródromo reporto que vou aguentar um bocado a ver se as coisas acalmam (estou a 2600 metros QFE). Aproximo-me do aeródromo com os spoilers a 100% e velocidade de 100km/h e vou vendo uns relâmpagos (bem mais interessante ver lá de cima...if you ask me). À frente temos chuva torrencial e visibilidade diminuída. à vertical do aeródromo com 500 metros, inicio procedimentos de aterragem e entro no circuito. O vento está forte, variável e a pista encharcada. Opto pela 21 e faço um circuito curto, onde na final vejo-me obrigado a aumentar considerávelmente a velocidade devido ao vento ter mudado de repente e estar metido à pista. Entretanto, já com a pista assegurada, tendo manter-me na center line (o que é dificil devido ao vento estar constantemente a mudar). E pronto já parados, aguardei dentro do planador que a chuva passe para ajudarem a meter o "pássaro" no hangar (ainda estive cerca de 15 minutos).


1 comentário:

mz disse...

Olá Viper,
aqui em casa quando se fala em mau tempo eu fico com o coração nas mãos principalmente nos voos a Bilbau a operar em Beech 1900.

Que todos os teus voos te façam sorrir mesmo em dias de tempestade!

bjo